Há 14 anos que vivo num mundo cor de rosa...

E faz hoje catorze anos que a minha vida passou a ser intensamente vivida em tons de rosa graças a ti minha primeira filha M.
Há 14 anos atrás dei entrada no hospital logo no dia 5 (todas as minhas filhas tiveram muita pressa em nascer!). A quem sairão elas tão apressadas???
Numa consulta de rotina com a médica de família percebemos que algo não estava bem e que tínhamos de rumar para Lisboa a voar. Eu e o teu pai já andávamos nas nuvens a viver esta nossa primeira experiência na maternidade/paternidade, por isso, com facilidade voámos até ao hospital que tão bem nos acolheu e tratou das nossas filhas.
Aterrámos mas... (o quê? tu já querias nascer com 36 semanas? E agora?). Aqui tivemos mesmo de cair das nuvens. E tu querias mesmo nascer, essa era uma certeza.
Dia 06/11/2004, de manhã bem cedo as enfermeiras fizeram o favor de administrar algo para acelerar o parto (a médica já estava avisada de que tu estavas a caminho) mas a médica anestesista entrou mais em pânico do que eu quando ia dar-me a epidural e deparou-se com um verdadeiro mapa dos rios de Portugal traçado nas minhas costas (as minhas cicatrizes da vida). Não quis administrar a epidural e eu mãe de primeira viagem embarquei com todas as dores a que temos direito nestas ocasiões. Eu sabia que a minha querida mãe as tinha tido também mas não era necessário eu passar pelo mesmo!!
Logo nessa manhã mostraste que ias ser uma bondade de menina. Nasceste tão rápido. Às 13 h e 54 min nasceu a nossa primeira M. Senti-te no meu peito mas foi tudo tão rápido. De repente começaste a ficar um pouco mais escura, o choro estava diferente tiraram-te do meu colo e o teu pai correu atrás de ti (o quê? para onde levam a minha menina?). Devido a seres prematura e à tua imaturidade pulmonar tiveste de estar numa incubadora e não foi nada fácil.
Depois de bem tratadinha pela minha querida Dr.ª S. e de sair do recobro chego ao quarto e lá estava a tua cama mas sem ti. Que duro que foi!! Não era assim que eu tinha imaginado. Começaram a entrar os avós e tia que vinham visitar não a neta/sobrinha mas a filha/nora/irmã. Não é que não gostassem de me ver mas o que queriam mesmo era conhecer a sua menina e pegar nela.
Chorar… chorei muito. E nestes momentos apodera-se de mim uma força que não sei de onde vem mas que não corresponde à fraca figura física que aparento! A minha filha precisa de mim bem e a seu lado.
- Quero levantar-me desta cama - pedi eu às enfermeiras, às auxiliares e nada. Já estava a ficar mesmo zangada.
Se eu não tinha feito cesariana porque raio não me deixavam levantar. Eu tinha de ir para junto da minha filha. Com tanta insistência lá me fizeram a vontade.
Quando entrei na UCI... que aperto. A minha filhinha estava cheia de fios, tubos… a lutar.
Nunca mais a larguei até ter alta. Quando cheguei a casa senti o colo tão vazio!!! Mas tinha a meu lado o meu grande companheiro. 
A minha menina foi uma guerreira e passada uma semana (sete dias ou sete semanas? O tempo não passava naquela UCI) veio para a sua terra e para junto de nós.
E cá está ela: linda como ela própria (não posso estar sempre a dizer que sai ao pai), um doce de menina (era assim que a tratavas meu pai!!), lutadora em tudo. Dá uns abraços que só ela sabe dar e que nos enche a alma e afaga o coração.
Parabéns meu amor e obrigada por me teres ensinado a ser mãe. Amo-te daqui até ao infinito...e mais além!


                           

2 comentários:

  1. joanamariacosta44@gmail.com5 de novembro de 2018 às 23:17

    Parabéns minha Marianinha beijos infinitos adoro-te muito e a ti mamã parabéns pela gde mãe que és. Saudades inifinitas

    ResponderEliminar
  2. Uma viagem agitada para uma Mãe no seu primeiro embarque. Na quinta mudança, tudo a ver com Susana (atualmente já utiliza a 6a).
    Espero que a viagem continue repleta de Magia na bagagem!
    E que eu esteja por perto para vos acompanhar.
    Felicidades

    ResponderEliminar