SUSANA E O SEU MUNDO: AINDA HÁ TANTO POR DESCOBRIR!!

Ontem resolvi fazer um jogo daqueles que vão aparecendo no  Facebook e que consistia em descobrir quem conhece os verdadeiros gostos desta Susana que ainda tem muito para contar sobre a sua vida.

1 - Praia - gosto e muito!! Mas é um local onde gosto de estar em paz, a desfrutar dos seus encantos, ouvindo o barulho do mar e que nos últimos tempos tem recebido menos a minha visita porque ir para a praia com uma família numerosa significa chegar lá já cansada e com uma doença em que tudo dói e não há posição para estar na areia, torna-se difícil. Isso não quer fizer que não goste de praia, aliás era uma das paixões do meu pai e eu fui uma das herdeiras!!

As últimas férias com o meu pai, numa das nossas praias preferidas Meia-praia - Lagos

Na praia onde sou sempre tão feliz - Porto Santo

A caminho da praia da Ilha da Fuzeta

2 - Há gostos para tudo: eu adoro andar de avião. Sozinha, acompanhada... Não é um meio de transporte que uso com a frequência que gostava devido aos custos associados, principalmente para 5 pessoas.

A minha última viagem de avião foi só até ao Porto e aqui demonstra bem o quanto gosto de voar

Andar nesta avioneta é uma verdadeira aventura - aerocondor que faz a ligação Funchal - Porto Santo. E até nela eu gosto de voar...

4 - Campismo: desde criança bem pequena que faço campismo. A minha vida de campista dava um livro pois as experiências são muitas e todas elas felizes: em tenda grande, num iglo, numa canadiana, numa caravana. Neste momento, a minha saúde não me permite acampar de colchão no chão mas ainda tenho esperança de voltar a ter uma caravana num refúgio para onde possa ir nos fins-  -de-semana, férias e como os meus pais já tiveram.

Parque de Campismo da Galé

Parque de Campismo de Olhão

Parque de Campismo da Toca do Pai Lopes - Setúbal 

(saudades imensas...)

3 - Compras: vou porque tenho de ir mesmo. Se for para comprar algo que queira muito, a motivação para adquirir esse bem faz-me ir às comprar com um sorriso mas quando chego ao local, depressa começo a sentir arritmias e uma vontade gigante de me despachar. Também aqui saio ao meu querido pai.

Conclusão: ainda há muito para saberem sobre mim. Quem tiver paciência para ouvir as minhas histórias pode ser que um dia consiga conhecer-me muitíssimo bem. As minhas filhas mais velhas, hoje quando lhes fiz este jogo acertaram logo à primeira.

PEREGRINOS PELO ❤, UNIDOS NUM MANTO DE LUZ

Fé... tenho e muita. Só descobri o seu significado, o seu poder quando me deparei com a primeira grande adversidade da minha vida. 

Em adolescente numa visita a Fátima, local onde ia com alguma frequência fui visitar a casa dos pastorinhos, o museu de cera e fiquei "apaixonada" por estes três meninos e com uma admiração enorme por Eles. Li tudo o que havia, na altura, sobre as suas vidas, comecei a rezar o terço todas as noites (agora já não o consigo fazer) e quando fui operada à coluna pedi muito que  Nossa Senhora de Fátima me acompanhasse. Sentia-a ainda mais presente nestes momentos tão difíceis. Fiz uma promessa que cumpri (não vale a pena criticarem esta minha atitude, faria tudo novamente do mesmo modo e com mais fé ainda!) em que de joelhos, de mãos dadas com a minha mãe, dei duas voltas, à Capelinha das Aparições.

Quem ia a Fátima tinha de me levar, fossem os meus pais, a minha tia (pela Paróquia da Anunciada), os meus sogros...

A última viagem que o meu pai fez connosco, três meses antes de falecer foi a Fátima. 

Também já fui acompanhada por mães de alunos meus, colegas e amigos (um fim-de-semana que repetia já amanhã) e o meu marido há três anos resolveu, à última da hora fazer-me a surpresa de levar-me a Fátima aquando da visita do Papa Francisco. 

A Sua chegada ao Santuário foi um dos momentos mais bonitos que vivi na minha vida, podendo ouvir as suas palavras junto do meu coração, sentindo-me em comunhão...

Sempre que chego a Fátima sinto uma paz interior inexplicável e que só naquele local consigo atingir, em plenitude.

Hoje, dia 13 de maio celebra-se o aniversário da tua primeira aparição e eu vou rezar contigo, minha Nossa Senhora, por mim, pelos meus, por todos nós. 

AS MINHAS ENFERMEIRAS DO ❤

Hoje celebra-se o Dia do Enfermeiro e eu tenho uma enorme gratidão a quatro enfermeiras com nome e aqui lhes vou dizer: OBRIGADA.

Quando fui operada à coluna, na minha estadia de 1 mês, tive 3 anjos com capa e coração de super enfermeiras.

Na enfermaria da Pediatria tinha as enfermeiras Nazaré e Inácia que conseguiam transformar a dor, a tristeza, a saudade de casa, de ser livre, em sorrisos com todo o carinho, dedicação e profissionalismo com que se dedicavam a esta sua missão. No bloco operatório tinha a enfermeira Margarida. Para uma adolescente de 15 anos ser transportada numa maca, sem ter por perto os pais, a caminho dum bloco operatório para cirurgias que sabia que iam durar muitas horas, que depois das mesmas não se poderia levantar durante alguns dias e sem saber como iria ficar, é uma das viagens mais duras!! Quando tocavam à campainha do bloco para levar esta menina, tinha sempre à minha espera o sorriso enorme (como ela) da enfermeira Margarida. Tê-la por perto fazia sentir-me mais segura e era ela que ia dando aos meus pais, as informações possíveis sobre como iam correndo as cirurgias. Muitas vezes, esta querida enfermeira descia até à enfermaria para me visitar.

Anos mais tarde, nos últimos meses de vida do meu pai, entrou nas nossas vidas mais um anjo, também chamada Margarida. Era e é enfermeira dos Cuidados Paliativos e com a sua voz doce e calma, o seu olhar brilhante e a sua forma especial de tratar os seus doentes dava-nos uma força gigante para conseguirmos enfrentar esta dura batalha. Estava sempre lá... bastava telefonarmos e a Margarida atendia-nos, ouvia-nos, orientava-nos, acalmava-nos e assim fomos conseguindo que o meu pai vivesse os seus últimos dias, em sua casa, bem juntinho aos que mais amava.

Obrigada a todas as Margaridas, Inácias e Nazarés que existem por este mundo fora e que com o seu profissionalismo e forma única de ser fazem-nos acreditar que até nos momentos de dor e sofrimento temos de seguir em frente.

 

LONGE DO QUE ESTAVA POR CHEGAR...

Com os meus 42 anos já vivi situações muito difíceis de superar mas o de lidar com esta pandemia está a ser mesmo bastante exigente e desgastante.

Quando se começou a ouvir falar do "corona" inconscientemente ia pensando que não ia acontecer connosco e até ia vendo alguns vídeos que se iam partilhando acerca do mesmo, com algum humor.

Até que ele resolveu mesmo visitar e ficar no nosso país. 

Quando através de uma reunião de trabalho com enfermeiras da saúde escolar conheci verdadeiramente este vírus, fiquei em choque. Corri à procura de máscaras, gel desinfetante e era impressionante: chegava aos locais e parecia que os mesmos estavam à minha espera (uma ou duas unidades)!! 

Na sexta-feira, dia 13 já sabíamos que as escolas iam fechar e quando fui buscar as minhas filhas só me apetecia chorar. Com um grande aperto no coração lá ia dizendo que tínhamos de ter força, que ia correr tudo bem (mas sem sentir verdadeiramente o que estava a dizer). Ao ir buscar a filhota mais nova tive de trazer todos os seus materiais que estavam nos cabides e nos olhinhos da minha menina via "medo". Tentei tranquilizá-la mas ainda hoje é quem vai demonstrando maior tristeza e preocupação: por não voltar à escola, por ter medo do "corona", saudades das suas rotinas, ...

Estar longe dos que amo e que vou vendo pelas plataformas digitais ou quando vou à porta de casa entregar ou buscar algo, dói cada vez mais. Há dias em que parece que vou "enlouquecer" no meio de tanta coisa para gerir ao mesmo tempo e a fingir que a minha doença está de férias, quando ela está bem viva dentro de mim. O meu olhar cada vez tem menos brilho, a minha voz menos vivacidade e o meu sorriso escasseia. Sinto-me a mudar e não quero!! Não esta mudança...

O último abraço que dei e que sabia que seria de um até já longínquo porque iríamos estar um bom tempo sem nos vermos, foi com a minha Paty. Nessa sexta-feira fomos comer um gelado, pôr a conversa e os olhares em dia e dei e recebi abraços como só ela sabe dar. 

E cá estamos nesta luta que ainda vai durar... mas que não nos pode derrubar.

Para ti, MÃE

Que me perdoem os poetas mas hoje decidi escrever uma mensagem à minha mãe, em verso.

Em teu ventre

Senti-me desejada

E logo aí senti

O que era ser amada

Comigo aprendeste

A ser mãe exemplar

E a mim ensinaste

A sentir o verbo amar

És lutadora e atenta

Estás sempre comigo

Maior amiga não tenho

Meu eterno porto de abrigo

Anos mais tarde fui presenteada com o maior dom da vida, ser mãe... E mais abençoada fui por ter três filhas fantásticas, o meu maior orgulho e razão de viver.

                             

Termino com um abraço gigante aos que hoje sentem a saudade a bater com maior intensidade, por não terem fisicamente as suas mães. Estou certa que essas estrelinhas brilhantes estão a olhar por vós, orgulhosas dos filhos que tiveram.

                                   

NUMA BOLHA DE AMOR

Passou-se mais um 1.º de maio, aquele dia em que tudo dói. E ontem doeu mesmo muito... Talvez por estarmos a viver uma situação atípica que nos coloca a todos mais sensíveis ou porque quanto mais tempo passa, mais aperta a saudade.

Meu pai, tu não tinhas medo da morte. Tinhas era medo de ser esquecido e nos teus últimos meses de vida pedias, muitas vezes, para não deixarmos que te esquecessem.

IMPOSSÍVEL!!! Tu eras uma pessoa única que marcava os que te viam atuar brilhantemente em cima dum palco, numa feira, numa festa e que deixava uma marca ainda mais profunda nos que conviviam contigo e a quem deixavas entrar na tua vida.

Durante uns bons anos eu era a filha desconhecida. Muitos pensavam que a Ana era a tua única filha pois estava sempre, sempre a teu lado. Publicamente eu ia aparecendo, timidamente... Tenho muito orgulho em dizer que sou a Susana Félix, filha do ator Álvaro Félix.

Cada vez te sinto mais presente em mim e vou criando uns personagens bem à nossa maneira!!

A tua partida deixou em mim, uma doença que piora dia após dia mas à qual dou luta. E sabes, nesta caminhada de dor física e de tentativa de aprender a lidar com a mesma encontrei dois médicos que também cuidaram de ti com todo o seu profissionalismo e dedicação e que agora também o fazem comigo. Nada acontece por acaso...

Tudo isto para dizer que continuas entre nós e que ontem com as homenagens que te foram fazendo, as mensagens que nos foram enviando, vivemos dentro de uma bolha de amor. Lentamente ela vai ficando mais pequena mas continuará a pairar em cada um de nós.

Bem-hajam a todos os que recordaram o meu querido pai. De certo o seu olhar brilhou e ia dizendo "isto hoje é até ao tourel".

                     

                        

SIMPLESMENTE FELIZ E GRATA!

A seguir a um dia de aniversário intenso seguem-se momentos de introspeção.

O dia de ontem foi pautado de momentos muito felizes junto dos que mais amo (e até a perda da Taça de Portugal foi vivida de forma tranquila pois tinha os meus afilhados felizes e isso vale ouro!). Contudo, como diz una médica querida que me acompanha, o meu corpo e mente manifestaram a descompressão do que está para trás com lágrimas de uma  uma saudade brutal e daquelas que faz doer, do meu pai e do meu compadre, que ainda no ano passado tinha estado a meu lado, na nossa festa familiar.

Mas estou grata pelas manifestações de carinho que recebi dos meus familiares, amigos, colegas e conhecidos e algumas mensagens recebidas deram-me muita força para mais um ano de caminhada, com os 42 às costas (espero que não pesem muito!).

Deixo-vos algumas fotos do meu dia de aniversário e do bolo que fiz, dedicado a mim.

E siga a banda…

JÁ CÁ CANTAM, SEMI AFINADOS, OS 42!

Desde que me lembro de ser gente que gosto de festejar o meu aniversário. É bom estar viva e com saúde q.b. para continuar de pé.

Com o falecimento do meu pai, durante uns dois ou três anos, passei este dia sem grandes festejos...

Mas cada vez mais e com as perdas repentinas que vão acontecendo na vida, sinto necessidade de celebrar este dia.

Que assim seja e que eu viva o dia de hoje MUITO FELIZ!

Aqui vos deixo um poema escrito pelo meu grande amigo José Raposo, que me ofereceu no dia 25/05/1998

"Susana, uma flor"

Nasceu uma flor

em ventre plantada

feita com amor

semente desejada

Poderá ser rosa do adro

for de muitas paixões

papoila vermelha do prado

rosa de muitos botões

És forte, simpática e "dura"

consegues tudo o que queres

ao mesmo tempo frágil e pura

fazendo lembrar malmequeres

O teu sorriso catita

faz lembrar um girassol

tem o cheiro da tulipa

e a cor do Sol

Estarás sempre rodeada

de muitas flores pequenas

em dias de tardes amenas

com a tua rapaziada

à sombra de grande tílias

cercada de buganvílias 

formarás um grande jardim

onde serás flor bela

fazendo lembrar uma aguarela

com um cheirinho a jasmim

Flor de maio já és

flor de paixão serás

lágrimas de anjo chorarás

mas vais ter sempre a teus pés

antúrios apaixonados

e sentirás no teu peito

os suspiros desenfreados

por um grande amor perfeito

PARABÉNS MÃE ❤️

Faz hoje alguns anitos que nasceu um dos pilares da minha vida, o mais forte de todos.

Nasceu numa família simples mas muito rica em valores.

Sou abençoada por ter uma mãe como tu.

A idade vai-te mudando em alguns traços físicos mas mantens sempre o teu espírito de guerreira e a tua dinâmica. Tenho muito orgulho em ti e em tudo o que tu fazes. Não devem de haver muitas avós que no dia do seu aniversário vão apresentar a peça de teatro acabada de estrear, ao infantário da neta mais nova. E hoje isso vai acontecer...

Muitos parabéns querida mãe e que a vida te continue a dar forças para seguires sempre em frente, mesmo com os desvios e contracurvas que te vão aparecendo no caminho.

SALAS DE ESPERA EM QUE SE DESESPERA!! OU NÃO!!

Todos nós já vivemos, de certo, momentos difíceis e de nervosismo em salas de espera, principalmente se as mesmas se localizarem em hospitais, centros de saúde, clínicas...

Seja no sistema de saúde público ou privado, a tensão vai aparecendo quando esperamos para saber o resultado de algum exame, ouvir a opinião de um médico, sermos chamados para um internamento, espera por uma triagem na maternidade quando já temos muitas contrações e a bolsa das águas rota,  aguardar pela informação de como correu a cirurgia de alguém que nos é querido e nunca mais terminaria esta enumeração.
Tenho vivido situações complicadas nestas salas.  Às vezes estou acompanhada mas algumas vezes  estou  só como ontem (por opção pois tive quem me quisesse acompanhar). E mais uma vez aguentei-me…

Nestas ocasiões facilmente arranjo conversa com quem está ao meu lado (e conheço outras histórias de vida e comunico…). Nem estas esperas me tiram o "pio"!!

Na próxima semana voltarei a mais uma sala de espera e vou novamente, indo buscar forças nem sei onde, fazer de tudo para não desesperar!

UM DESABAFO PARA TI, FIBROMIALGIA

Querida (não te posso tratar assim)

Cara (isso sim tens-me tirado momentos e capacidades que já não se encontram disponíveis, pelo menos para mim, por valor nenhum)

Entraste na minha vida há 6 anos. Pois é, aproveitaste o momento de maior perda que tive até hoje e sorrateiramente te acomodaste em mim. E não foste modesta! Resolveste dominar de uma só vez todo o meu corpo, com dores finas como também eu era. Rapidamente vários órgãos foram sendo por ti "conquistados". Mesmo assim não me senti traída, nem revoltada. Fui escolhida por ti, por algum motivo foi.

De ano para ano, de mês para mês, de dia para dia vais tentando dominar-me mas por enquanto ainda vou tendo forças para te dar luta.

Sei que tenho de começar a baixar a guarda e perceber o que queres mesmo da minha pessoa.

Eu não te queria, não te escolhi, nem contigo sonhei... E tu vieste para ficar até ao fim, mas não serás o meu fim!!!

Espero que me tenhas entendido.

A tua senhoria (que pena não poder dar-te ordem de despejo)

Susana

                                                            Escrito no dia 12  de maio, Dia Mundial da Fibromialgia

RECORDAÇÕES DE FINALISTA... ESTÁ ABERTA A ÉPOCA DOS BAILES!!

Em cada escola da cidade vão-se iniciando as festividades que comemoram o final de um ciclo/etapa académica.

Este ano tenho vários finalistas na família, por isso, já estou em fase de pré-bailes/festas. A minha filha Madalena vai terminar o 4.º ano (e eu vou lá estar, claro, chorando como o seu próprio nome e muito orgulhosa pelo seu percurso escolar e por ser a menina tão especial que é), a minha afilhada Carol vai terminar o 12.º ano (esta madrinha babada tem tentado acompanhar de perto os preparativos, e claro que vou ao seu baile, a rebentar de felicidade por esta minha menina que cresceu e se tornou numa mulher fantástica e com uma paciência, fenomenal, para as minhas "pancadas") e o meu primo André termina o seu curso universitário (não vou estar no dia da grande festa, fisicamente mas este meu primo que foi o primeiro bebé, na 2.ª volta da família, trouxe-nos uma felicidade imensa e vou acompanhando o seu crescimento também com muito orgulho,  por ser um miúdo incrível). Sou uma felizarda!

Vou também ter o baile de finalistas da escola onde trabalho e lá estarei!!

Com todos estes finalistas na família foi impossível não recordar o meu baile de finalistas de 12.º ano (aquele dia de princesa que sonhamos). Fui muito feliz na Escola Secundária do Viso que tão bem me recebeu. Tirei o Curso Tecnológico de Comunicação e a minha turma, era de facto, muito especial. Não eramos uma turma, eramos uma família.  Eu fazia parte da Comissão de Finalistas, pois desde o 10.º ano que era a delegada de turma e fui também eleita para pertencer a essa comissão que teve de organizar a viagem e o baile de finalistas.

O baile decorreu no Inatel e a minha mãe, como sempre, fez o vestido escolhido por mim e tudo foi pensado ao pormenor. Não aproveitei muito o baile porque até chegar àquele momento tinha trabalhado muito nos preparativos e tinha funções distribuídas para essa noite, de responsabilidade e não podia falhar.

A nossa amiga e colega de turma Cláudia ofereceu a cada um de nós, a nossa caricatura (as minhas filhas ficaram rendidas ao seu talento) com uma dedicatória. Minha amiga, ainda continuo a ser fã n.º 1 do Abrunhosa, já não vou às lojas dos 300 porque foram sendo substituídas por outras (onde vou com frequência) e acabei por não ser atriz. Quem sabe um dia…

Foi bom recordar estes momentos e está oficialmente aberta a época dos bailes e festas de finalistas!!!

MÃE CORAGEM

Não podia deixar passar este dia sem falar da minha mãe.

É uma mulher de armas que nunca baixou os braços perante os obstáculos da vida (e têm sido tantos!). 

Defino-a como uma mãe guerreira, muito presente nas nossas vidas, tem uma criatividade só sua que lhe permite produzir verdadeiras obras de arte. Deu-me sempre muito apoio na vida académica e com a educação que me deu com o homem da sua vida fizeram de mim a mulher que sou hoje.

Obrigada mãe por tudo o que tens feito por mim, pela Ana e pelas tuas netas.

24 HORAS BEM BOAS!!

Na passada semana, fui com o meu homem até Sintra - a cidade onde me sinto como uma princesa.

Ficámos alojados num local tranquilo (como eu!!!), lindo e rodeado de elementos da natureza.

O nosso "ninho" ficava no rés do chão, mesmo junto a um curso pequeno de água, numa moradia muito bem equipada. Que bem que soube entrar lá e sentir o calor da lareira (no meio do frio gélido de Sintra) e ouvir a música ambiente, propícia ao relaxamento que estava mesmo a precisar de sentir.

O local chama-se "Bonsay Family Residence" (paguei a estadia, esta publicidade não foi patrocinada) e aconselho com a pontuação de 9, entre 0 a 10. Têm várias tipologias de casas e de quartos e a preços acessíveis.

Espero lá voltar com as filhotas...

Aqui fica a proposta para um passeio a 2, a 3, a 4... com quem vos fizer feliz!

FAZ HOJE SEIS ANOS, SIM SEIS ANOS...

Faz hoje seis anos que:

- falei ao teu ouvido pela última vez;

- desististe com muita dor e sofrimento da batalha que vinhas travando (foste um grande guerreiro e nós, apesar de te querermos por perto pedíamos que partisses em paz. Já chegava de tanto sofrimento);

- recebi o telefonema que tanto temia (com o conforto de que partiste ao lado da tua valente mulher);

- tive de dar à nossa Ana a notícia mais triste da sua vida;

- em poucos segundos tive de decidir se queria ir ao hospital ver-te, mesmo sabendo que o teu coração tinha parado (claro que arranjei forças e acompanhada do meu homem fui fazer-te mais umas festas no rosto, tocar no teu cabelo macio e beijar-te);

- tive de comunicar a familiares e amigos que tinhas partido;

- recebi na tua casa o sr. da agência funerária quando o primeiro funeral a que iria era o teu;
- começou a nascer dentro de mim, uma doença que todos os dias dá sinais e causa sofrimento;

- senti no peito a maior dor que já alguma vez tinha sentido: o coração parecia querer sair correndo bem depressa e nos meus olhos parados e sem brilho (mesmo inundados de lágrimas) só habitava a tristeza.

Hoje, a vontade que tinha era dormir todo o dia... Ontem até me custava desejar "bom feriado" às pessoas por quem passava ou que iam falando comigo.

A nossa vida ficou com um grande vazio que jamais será preenchido mas recordamos-te sempre com orgulho misturado de saudade.

Sinto tanto a tua falta meu querido pai!! Sentimos tanto a tua falta…

UM DIA DE PRINCESA - 26/04/2002

Faz hoje 17 anos que vivi um dia de verdadeiro conto de fadas - o casamento com o homem da minha vida.

Na véspera choveu bastante e que triste estava de pensar que essa chuva pudesse atrapalhar o nosso dia de sonho.

Mas eis que no dia, o Sol brilhou com tanta intensidade que até me ofereceu um escaldão.

O meu vestido foi escolhido por mim (como sempre sonhei, com muitos metros de tule) e foi feito pela minha mãe, com a ajuda da D. Mercedes.

Casámos na Igreja de  Nossa Senhora da Anunciada, onde fui batizada e recebi a comunhão, bem no coração do meu Tróino. Os meus padrinhos foram os meus tios e os meninos das alianças, o meu primo André e a nossa afilhada.

Fui levada até à igreja e depois até ao local do copo de água pelo meu querido primo e compadre que nos deixou há pouco tempo, no seu carocha branco.

Entrei na igreja, de braço dado com o meu pai ao som do Ave Maria.

A cerimónia foi muito bonita e tivemos momentos, durante todo o dia, preparados pelos meus primos que nos foram carinhosa e divertidamente surpreendendo. A festa terminou com um momento musical preparado pela prima Elsa, em que os músicos eram familiares e amigos.

O dia ficou guardado nos nossos corações e a meu lado tenho a bênção de ter um marido que faz tudo para me ver feliz, vivendo com muito amor.

Aqui ficam umas imagens que revejo sempre com emoção!