DIA MUNDIAL DO TEATRO - MAIS UM DOS TEUS DIAS!!

Ao falar em teatro em Setúbal, fala-se em ti, recordamos-te... (desculpem o meu vaidosismo)!!!
Tu eras, mesmo, um ator de mão cheia, de duas mãos cheias, versátil, que criava e dava vida a personagens com uma mestria muito tua.
Fazes muita falta aos nossos palcos que sem ti ficaram com as luzes menos brilhantes.
Obrigada por tudo o que deste ao teu/nosso teatro! 

Aqui deixo o poema escrito pela poetisa e amiga Alexandrina Pereira, no seu livro "Somos Setúbal". 

                     Sobe o pano, entra o actor
                     Esquece as horas, esquece os dias, esquece a dor..
                    Conta os passos, sabe as deixas,
                    Um personagem sem ais, sem queixas...
                    Os aplausos dão-lhe Vida,
                    As luzes trazem-lhe o Sonho.
                   Tudo é alento e coragem,
                   O palco o seu grande amor
                  Que fez do Álvaro Félix
                  UM GRANDE ACTOR!!!!


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O MELHOR PAI, PARA SEMPRE...

Hoje é daqueles dias em que lá vem a Dona Saudade agitar a(s) minha/as nossa(s) vida(s).
Dia do pai, sem ter pai presente, DÓI...
O meu pai nunca ligou muito a estas datas comemorativas mas esta era especial, pois juntávamos duas comemorações: a sua mãe (minha avó Lucrécia) fazia anos. Era dia de festejarmos duplamente até ela nos ter deixado.
Para mim o meu pai era, sem dúvida, o melhor: afetuoso, atento, capaz de largar tudo e todos para vir em nosso auxílio, trabalhava bastante para nos dar uma boa qualidade de vida, divertido, sincero, emotivo... 
A sua presença faz-nos muita falta (deixou cá dentro um vazio que mais ninguém consegue preencher).
Claro que não me posso esquecer do homem que tenho a meu lado e que é um super pai para as minhas filhas. Este ano, eles vão ter de desculpar o meu egoísmo, mas por termos perdido há pouco tempo, o padrinho das minhas filhas, pai dos meus afilhados, hoje o dia torna-se mais triste. Por muito que eu queira, não consigo disfarçar a dor que vai cá dentro e a vontade de ter estes dois grandes pais presentes nas nossas vidas.

Um grande beijinho, meu pai, das tuas filhas que tanto te amam!

Um grande beijinho, meu amor, por seres um super PAI para as nossas meninas!

Um grande beijinho, meu compadre (os teus meninos e as minhas /nossas meninas têm muitas saudades tuas mas estão a ser uns valentões!!)



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O TEU/NOSSO BOCAGE

Corria o ano de 1993. A Câmara Municipal de Setúbal tinha, como era boa prática, convidar a grande dupla de atores/animadores (tu e a Isabel Ganilho) para criarem dois novos personagens para estar no pavilhão da câmara, na Feira de Santiago.
Vocês criaram então as majestosas e perfeitas estátuas do Bocage e da Luísa Todi. Um trabalho brilhante e que ficou na memória de muitos setubalenses e não só. Estas vossas estátuas até na Expo 98 marcaram presença e lá também fizeram sucesso. 
Eu fui todas as noites ver-te de Bocage. Ficava a contemplar-te, ao mesmo tempo que ia ouvindo os comentários do público e apetecia-me gritar "É o meu pai!!!". Sabia bem o quanto este personagem exigia de ti, do teu corpo...
Passados uns bons anos, já tu nos tinhas deixado fisicamente e eis que a tua/nossa Elsa teve uma daquelas ideias que só ela tem (não sei se te disse mas trabalhamos juntas, no mesmo agrupamento há mais de 4 anos): criou um momento musical e teatral para apresentarmos no dia da receção aos alunos, em que me desafiou para fazer de Bocage, de pedra e cal. O pânico apoderou-se de mim "como iria eu conseguir fazer de estátua, o teu Bocage?". Mas logo a seguir pensei que seria uma forma de te homenagear. E assim foi...
Desde essa altura que tenho dado vida estática a este personagem, em vários contextos (na quinta-feira, por exemplo, na Semana das Línguas e da Leitura) e sinto-te tão presente em mim. É um momento muito nosso, em que pai e filha se juntam num só corpo. E somos felizes nesses instantes...
Sei que estou muito longe do teu Bocage mas irei fazê-lo sempre por ti, por nós.




UMA MÃO CHEIA DE AMOR: PARABÉNS AMOR DA MÃE!

O ano de 2013 foi o mais duro da minha vida (vivi a fase terminal da doença do meu pai e a sua partida…).
O meu pai faleceu em maio e no meio de tanta dor e dum turbilhão de sentimentos, um mês e meio depois surge a notícia de que dentro de mim estava a gerar-se uma nova vida, o nosso terceiro bebé (planeado, queríamos pertencer às famílias numerosas e poder dar mais um irmão às nossas filhas). Este era, de facto o melhor presente que lhes podíamos dar.
Mais uma vez, cumpriu-se a tradição: a terceira menina estava a caminho.
Como já tinha acontecido nas gravidezes anteriores a minha terceira "pimpolha" estava com pressa em nascer e tive de ficar em repouso absoluto a partir das 30 semanas.
Na consulta das 36 semanas a querida Dr.ª Sofia decidiu que estava na altura de me libertar da clausura e combinámos que voltaria na semana seguinte, uma vez que ela estava de serviço nas urgências e teria de levar as malas.
No dia 5 de março, pelas 8h dei entrada no hospital e quando cheguei ao gabinete da doutrora ela começou por dizer que eu iria dar uma caminhada pelo Parque das Nações para acelerar o parto mas quando foi fazer o toque: ups, a dilatação já estava avançada! 
Foi tudo muito rápido, como era hábito. Ainda tive tempo de levar a Santa Epidural e às 13h43min, com 2755 kg e de parto normal nasceu a nossa Maria Inês. Pelos primeiros minutos e horas de vida vimos logo que iria ser muito parecida com a mana do meio (calma q.b., para não dizer um pouco agitada).
Esta nossa terceira princesa veio completar o nosso reino e enchê-lo ainda de mais vida, alegria, amor, ternura…
Parabéns amor lindo da mãe. Hoje o dia é todo teu. Que o mundo te reserve muita felicidade. Amo-te muito, muito, muito, muito, MUITO!!!



CARNAVAL DE ALHOS VEDROS: UMA TRADIÇÃO DE 20 ANOS, NA MINHA VIDA!

Os alhos vedrenses que me desculpem mas nunca tinha ida a esta vila, até ao momento em que me apaixonei pelo homem da minha vida que residia em Alhos Vedros. Não fazia ideia que nesta terra acolhedora se fazia um desfile de Carnaval. Há 20 anos que assisto ao corso (só falhei um ano porque estava em repouso absoluto, na minha terceira gravidez). O ano que mais gostei foi aquele em que o tema era o amor, visto a terça-feira de Carnaval ter calhado no Dia dos Namorados. 
Muitas vezes fizemo-nos acompanhar dos meus pais, mana, primos/compadres, afilhados e claro que os meus sogros eram os anfitriões. Depois de assistirmos ao desfile tínhamos sempre à espera um lanche delicioso (com o saboroso chá, folar e às vezes até filhoses), tudo feito carinhosamente pela minha sogra.
Neste momento, já vamos sem lanche (os meus sogros agora residem bem pertinho de nós!) mas rumamos sempre a Alhos Vedros nesta altura do ano.
Ontem cumpriu-se a tradição. O tema deste ano são os 150 anos da SFRUA (coletividade que com poucos apoios financeiros mantém a feliz teimosia em continuar a organizar este corso) e que proporciona aos presentes uma hora bem carnavalesca, com um desfile que conta com centenas de participantes vestidos de acordo com a temática e carros alegóricos.
Aqui vos deixo algumas imagens (fotos tiradas por mim e outras pelo meu sogro que é apaixonado por fotografias) e a sugestão de visitarem este cantinho à beira do Rio Tejo para assistirem ao seu Corso Carnavalesco.










PÁRA TUDO! ESTÁ A CHEGAR O CARNAVAL - PARTE II

Claro que o Carnaval não parou na minha adolescência.
Foi a altura em que o vivi com maior intensidade. As minhas saídas noturnas e até diurnas eram quase sempre feitas na companhia da minha prima Elsa e das suas/nossas amigas. Tínhamos um grupo fantástico que no mês que antecedia o Carnaval passava os serões e fins-de-semana a preparar e a confecionar os fatos de Carnaval.
Em alguns anos consecutivos comemorámos esta data na "Cubata" (que saudades, Deus meu), discoteca onde fui tão, mas tão feliz. Começávamos a nossa "bailação"  na quinta-feira em que havia o concurso de eleição dos reis do Carnaval e terminávamos na terça-feira. Preparávamos fatos para os concursos e ainda ganhámos alguns prémios com os fatos das bruxas do café (feitos com sacos de café), com os pássaros (construídos com material reciclável) e com o monstro das duas cabeças. A meio da noite juntava-se a nós o grupo de alguns atores e amigos do TAS (e não só!): o meu pai, o nosso Fernando Guerreiro…
Um dos fatos/personagem que criei com mais pormenor e como vão poder ver nas fotografias foi o de "punk" (algumas pessoas vão ficar incrédulas mas a rapariga que está nas fotos sou mesmo eu!!).
Com a profissão que abracei continuei a viver o Carnaval e a sentir-me, pelo menos, nessa altura do ano, CRIANÇA (mas acontece muitas mais vezes em 365 dias).