DÓI, MÓI, MAS NÃO ME DESTRÓI! NÃO DEIXO!

A "piquena" de quem vou  falar hoje e que é mais um testemunho de vida da minha singela pessoa chegou sem avisar, nem pedir licença e apoderou-se do que não lhe pertencia.
Há cinco anos atrás, depois de ter perdido o meu pai e do processo doloroso que foi acompanhar a sua doença e a sua partida, comecei a sentir umas dores no corpo generalizadas e estranhas.
Pensei que estavam relacionadas com as últimas vivências que exigiram algum esforço físico da minha parte, da minha mãe, irmã, marido, primos (de todos os que estiveram sempre presentes) para podermos tratar do meu pai com as incapacidade que foram tomando conta dele.
Mas as dores intensificavam-se… Parecia que tinha 40º de temperatura mas não, pelo contrário, até apresentava uma temperatura corporal baixa.
Lá fui à médica de família que me encaminhou para reumatologia. Fiz muitos exames que apresentavam desgaste de alguns ossos, tendinites em algumas articulações, ... Numa das consultas toca a levar uma infiltração num sítio (a dor aliviava nesse local mas logo aparecia noutro). Certo dia a reumatologista prescreveu-me três infiltrações. Comprei as injeções e... nunca mais lá apareci!
Procurei outra médica que depois de analisar todos os exames e me observar clinicamente disse com determinação: - Você tem Fibromialgia! (Que raio me saiu agora na rifa?). A forma como esta doutora me falava fez-me procurar outro clínico (Eu que eu pagava não devia ser para ouvir raspanetes! Se calhar até precisava de os ouvir mas...).
Resolvi e após sugestão de uma grande amiga procurar o "pai" da Fibromialgia em Portugal que confirmou sem qualquer dúvida o diagnóstico (Estou "tramada". É mesmo verdade).
A causa desta minha inquilina está relacionada com um trauma psicológico (foi esta a forma que o meu corpo e mente encontraram para manifestar a dor que vivia dentro de mim desde que fiquei sem a presença física do meu pai).
Neste momento sou seguida por um "doce" de médica e para além da quantidade significativa de medicação que faço tenho dado muita luta a esta "magana". Quem é ela para pensar que manda na minha vida?
Dor, tenho sempre! Mas a minha vontade de seguir em frente, estar de pé, ver as minhas filhas felizes  prevalece. E passito a passito, com mais ou menos dor, todos os dias sigo a minha caminhada pelos trilhos da vida. 

Resultado de imagem para não desista

2 comentários:

  1. És uma gde mulher nunca duvidei disso e vais seguir a tua vida ver as tuas princesas a crescer porque não te abates assim com a facilidade que possam pensar és uma guerreira e tenho orgulho ser tuamiga és uma pessoa fora de série uma excelente profissional e nunca me esquecerei do ano maravilhoso que ai passei. Força minha amiga estou longe mas com o coração aí.Adoro-te muito e tenho muito orgulho em ti! Grande Su

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  2. Ès uma guerreira, és uma vencedora e tens conseguido sempre vencer as tuas duras batalhas, mas tens uma família linda uma profissão que também adoras e que te fazem trabalhar muito, mas como amas muito o que tens e o que fazes, não há dor que te pare. És um orgulho.

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